fevereiro 14, 2021
Denúncias dobram em uma semana e RN lidera ranking nacional de “fura-filas” que se vacinaram antes de grupos prioritários
Nenhum comentário | Deixe seu comentário.Quase três semanas após o registro das primeiras denúncias sobre pessoas furando a fila da vacinação contra o coronavírus, mais que o dobro dos registros foram realizados. De acordo com o Ministério Público do Rio Grande do Norte, aproximadamente 640 reclamações do tipo já foram feitas ao órgão. Um levantamento feito pelo jornal O Globo com as denúncias realizadas por todo o país mostra que o estado potiguar lidera o índice negativo.
Até o dia 27 de janeiro, o MP havia registrado 300 ocorrências. Mas a atualização feita pelo órgão até ontem, 11 de fevereiro, dá conta de 80 denúncias recebidas por e-mail, outras 260 por telefone e mais 300 via WhatsApp. Um total de 640 reclamações.
Outros estados com maior número de fura-filas, de acordo com O Globo, são Minas Gerais, com 589 reclamações, e Rio de Janeiro, onde foram realizadas 413 denúncias.
No caso do Rio Grande do Norte, o problema começou quando os próprios funcionários da prefeitura de Natal foram acusados de serem imunizados no período indevido, somando-se a conta de aproximadamente 35 mil profissionais de saúde da capital que pertenciam ao grupo da fase 1. O caso foi denunciado em 20 de janeiro pelo Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Natal (Sinsenat). Na época, a prefeitura informou que a vacinação desses funcionários havia sido um equívoco já sanado.
O MPRN informou que vai apurar todos os casos denunciados. O órgão leva em conta que a primeira fase da vacinação no Estado contempla apenas profissionais de saúde que estejam na linha de frente de combate ao coronavírus e ainda idosos residentes em instituições de longa permanência, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap). O MP também levará em conta planos municipais que autorizam a vacinação de outros grupos de pessoas.
O órgão ainda disponibiliza o Disque Denúncia 127 para o recebimento de reclamações de crimes em geral. Não há cobrança de chamada para o número e a identidade do denunciante será preservada, informa o MP.
Fonte: Sabia Mais