setembro 15, 2021

Comerciante de Portalegre diz que foi ameaçado de morte e que está 'arrependido'

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O comerciante Alberan de Freitas Epifânio afirmou que não houve “crime de tortura”. Segundo Alberan, houve um desentendimento entre ele e o homem que aparece no vídeo. Além disso, Alberan alega que foi ameaçado de morte. “Não considero tortura. A cena realmente é desagradável para os olhos, foi jogada nas redes sociais e o povo não tem conhecimento de como aconteceu. Eu (estava) num momento de fúria, de raiva, nunca tinha passado por isso.

Hoje, estou arrependido. Naquele momento, revoltado, por ter sido ameaçado, exagerei. Reconheço isso. Estou assustado com a repercussão nas redes sociais. Perdi o controle”, afirmou.

Alberan conta que estava com amigos, na frente de casa, quando foi abordado por Luciano, que teria pedido bebida e carne. Após dar “dois pedaços de carne”, Alberan teria pedido para Luciano se retirar do local. Inconformado, segundo Alberan, Luciano teria feito uma ameaça de morte. “Ele gritou: eu vou lhe matar de faca (sic). E tem mais uma, eu vou destruir o seu comércio. Ele pegou uma pedra e foi até lá”, relata. Alberan foi até a porta do seu comércio, onde, segundo conta, presenciou Luciano dando pedradas na porta. Além disso, afirma que foi agredido.

Alberan de Freitas Epifânio disse que, após isso, deu “ordem de prisão” e amarrou Luciano, dirigindo-se à Polícia em seguida, que estava vazia. Em seguida, ainda seguindo o relato de Alberan, Luciano foi solto, depois de prometer não repetir o mesmo comportamento.

O comerciante afirmou também que desconhece a denúncia do Ministério Público Estadual por injúria racial. Ele afirma que prestou depoimento sobre um desentendimento a respeito de um cartão de banco, mas que ao fim do inquérito não foi indiciado. No entanto, consta no sistema da Justiça Estadual decisão do dia 21 de junho, com o recebimento da denúncia.