dezembro 14, 2021
Álvaro Dias não descarta composição com Fátima Bezerra nas eleições 2022
Nenhum comentário | Deixe seu comentário.O prefeito de Natal Álvaro Dias (PSDB) afirmou, nesta segunda-feira 13, em entrevista ao AGORA RN, logo após o evento que debateu o Plano Diretor da Capital, no auditório da Fiern, que não existe conversa ainda em torno de seu filho Adjuto Dias vir a compor chapa com a atual governadora Fátima Bezerra (PT), com vice. Apesar de responder que não existe conversa neste sentido, o prefeito tucano também não descartou a possibilidade de uma conversa futura.
“Vocês são muito criativos (risos). Não tenho definição com relação a nada no momento, nem com relação à candidatura a governador, nem existe uma posição política da nossa parte. Nós só vamos tomar qualquer decisão neste sentido, quando houver alguma configuração definitiva no quadro e nas composições eleitorais no Rio Grande do Norte. No momento oportuno, e isto se dará depois das convenções partidárias, falaremos sobre este assunto”, limitou-se a dizer, ou seja, não descartou que, no futuro, não possa haver alguma composição com a governadora Fátima Bezerra.
Sobre a disputa para o Senado, Álvaro Dias, mesmo tendo, em outro momento, declarado apoio ao ministro Rogério Marinho (PL), afirmou que existem muitas especulações. “Existem hipóteses, as pessoas são criativas. Vemos que quadro muda constantemente, por isso, não adianta a gente ficar opinando sobre hipóteses. Uma é facilmente desconstruída, é mudada, existem outras que vão surgir. Nós só queremos, agora, focar na gestão, na administração, pensar em Natal, fazer a cidade avançar, mudar o cenário que tem dificultado este desenvolvimento, como por exemplo o Plano Diretor, como por exemplo, mudanças que pretendemos fazer no Centro histórico e na Ribeira. Este é o meu pensamento e minha prioridade, política eu nem quero nem pensar agora”, disse.
Já em relação à presidência da República, Álvaro Dias, mesmo descartando sua ida para PL e evidenciando sua permanência no PSDB, manifestou que não definiu seu candidato ao Palácio do Planalto, lembrando que o PSDB já definiu João Doria como pré-candidato do partido à presidência da República. “Não tenho definição com relação a candidatura a governador, a senador, a presidente, a nada. Eu só tenho uma definição até agora com relação à política, porque é uma definição antiga de Adjuto ingressar na vida pública, e, esse compromisso eu tenho com ele, de ajudá-lo a conquistar uma cadeira na Assembleia Legislativa, mas nenhuma decisão com relação a posto político que venha a ser disputado nas próximas eleições”, defendeu.
Disputa com o deputado Ezequiel Ferreira
Questionado sobre seu relacionamento com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Ezequiel Ferreira (PSDB), Álvaro Dias comentou que não tem qualquer atrito com este. “Não disputo nada com Ezequiel, não tenho nenhum atrito, nenhuma divergência, nenhuma discordância da forma que ele atua e faz política. Também não temos conflito de interesse, então, não existe motivo para haver discórdia”, frisou.
Mesmo o prefeito respondendo que não há discórdia entre ele e Ezequiel, a reportagem lembrou sobre o cenário posto pós-Prévias do PSDB no RN, com os diretórios estadual e municipal divulgando notas que apontavam para o peso do Estado na disputa entre os governadores João Doria (São Paulo), apoiado pelo deputado e presidente estadual da sigla Ezequiel Ferreira; e Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), apoiado pelo prefeito de Natal e presidente municipal Álvaro Dias.
O Diretório Estadual divulgou que RN foi o maior responsável pela vitória do pré-candidato à presidência da República, João Doria, com quase 90% dos filiados votando no governador paulista; já o Municipal informou que não teria como mensurar a quantidade de voto por região dado ao formato da escolha, mas que pesquisa interna apontou para um equilíbrio entre Doria e Leite.
Indagado sobre este cenário e se as Prévias não teriam provocado um abalo dentro do partido, Álvaro disse, “Eduardo Leite, João Doria e Arthur Virgílio disputaram quem seria pré-candidato à Presidência. É uma disputa natural de todo partido político. Não existe unanimidade dentro dos partidos políticos não. O nome já diz, é partido. E partido, é partido”.
Fonte: Agora RN