fevereiro 03, 2022

Comitê Científico do Consórcio Nordeste pede que estados cancelem feriados de carnaval e proíbam festas particulares para conter Covid

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O Comitê Científico do Consórcio Nordeste emitiu um documento com recomendações para frear a disseminação da Covid-19. Entre as medidas estão o cancelamento dos feriados de carnaval, proibição de festas particulares e shows de qualquer natureza que possam gerar aglomerações.

O Consórcio Nordeste, criado em 2019, reúne os nove estados da região para integrar políticas públicas de desenvolvimento econômico e social. O Comitê Científico integra esse colegiado, que, desde 18 de janeiro, é presidido pelo governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB).

No entanto, no estado, ainda não foram tomadas medidas para evitar essas aglomerações. Até o dia 15 de fevereiro, está em vigor um protocolo que permite a realização de eventos com até 3 mil pessoas.

Em Pernambuco, o Ministério Público (MPPE), o Conselho Regional de Medicina (Cremepe) e o Sindicato dos Médicos (Simepe) já tinham recomendado ao governo que evitasse festas e aglomerações.

No domingo (30), foram registradas aglomerações em eventos. Uma festa no Clube Português, no Recife, foi encerrada. A Polícia Militar dispersou público que participava de uma "prévia carnavalesca" nas ladeiras de Olinda.

Na quarta (2), Pernambuco bateu novo recorde de infectados pela Covid-19, desde o início da pandemia, em março de 2020. Foram confirmados mais 7.806 casos da Covid-19 e 23 mortes provocadas pela doença.

O boletim do Comitê Científico do consórcio, que reúne as recomendações, foi publicado na quarta-feira (2).

Segundo o colegiado, a manutenção dos feriados de carnaval pode estimular as pessoas a irem às ruas, "promovendo aglomerações".

Isso, segundo o comitê, poderá resultar no agravamento do quadro da pandemia e consequente prolongamento do que chama de "terceira onda" da Covid no Brasil.

Da mesma forma, o Comitê Científico pede que os governos e prefeituras proíbam festas privadas de carnaval e shows, porque esses eventos "intensificariam a transmissão do vírus, como ocorreu no réveillon".