abril 12, 2022

Exército comprou R$ 3,5 mi em próteses penianas, dizem parlamentares

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O deputado Elias Vaz (PSB-GO) e o o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) afirmaram que vão acionar o MPF (Ministério Público Federal) e o TCU (Tribunal de Contas da União) sobre um gasto de aproximadamente R$ 3,5 milhões em compras de próteses penianas infláveis pelo Exército brasileiro.

Ao todo, foram adquiridas 60 próteses, variando de 10 a 25 centímetros, em três pregões diferentes. Todos foram homologados no ano passado.

"O questionamento que fazemos é: por que o governo [do presidente Jair] Bolsonaro está gastando dinheiro público para pagar essas próteses? O povo brasileiro sofre para conseguir medicamentos nas unidades de saúde e um grupo é atendido com próteses caríssimas, de R$ 50 mil a R$ 60 mil a unidade", falou Vaz. Pelo Portal da Transparência e painel de preços do governo federal o deputado analisou que da primeira compra vieram 10 próteses, a cerca de R$ 50 mil cada, e destinadas ao Hospital Militar de Área de São Paulo.

A segunda adquiriu outras 20 unidades, cada uma custando aproximadamente R$ 57 mil. Essas foram enviadas para o Hospital Militar de Área de Campo Grande, no Mato Gross.

O último pregão acumulou outras 30 próteses, ao preço de R$ R$ 60 mil por unidade. Essas foram novamente destinadas ao Hospital Militar de Área de São Paulo. As próteses penianas são utilizadas, principalmente, no tratamento de disfunção erétil. Há dois tipos: maleáveis e infláveis, com a segunda simulando melhor a fisiologia da ereção normal por meio da implantação de dois cilindros, uma bomba e um reservatório. A opção inflável é mais cara do que a maleável.