setembro 07, 2022
Bolsonaro tenta mostrar força no 7 de Setembro na reta final para o 1º turno
Nenhum comentário | Deixe seu comentário.Aline Massuca/Metrópoles
De acordo com levantamento do Instituto Ipec divulgado na segunda (5/9), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém 44% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro oscilou de 32% para 31%. Já a pesquisa mais recente do Instituto Datafolha, publicada na última semana, aponta que o petista passou de 47% para 45% em relação ao estudo realizado em agosto; Bolsonaro, por sua vez, manteve-se com 32% das intenções de voto.
Os dois levantamentos têm uma coisa em comum: mostram que Bolsonaro segue, nas palavras dos próprios integrantes da campanha, “cristalizado” – ou seja, não varia além da margem de erro das pesquisas. Na tentativa de reverter o cenário na reta final para o primeiro turno, aliados querem mostrar que o mandatário tem o apoio de vários segmentos, a exemplo dos setores empresarial e religioso.
Empresários, em especial do agronegócio, e líderes religiosos devem marcar presença significativa no desfile agendado para esta manhã na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O mesmo deve ocorrer no Rio de Janeiro, onde Bolsonaro deve participar de uma manifestação na praia de Copacabana, na tarde desta quarta.
O presidente tem exaltado executivos e religiosos em agendas pelo país. Nos últimos meses, ele participou de várias feiras do agro, além de atos da Marcha para Jesus. Agora, dizem aliados, é hora da “moeda de troca”.
Como será o 7 de Setembro presidencial
Na capital federal, Bolsonaro deve reunir ministros para um café da manhã no Palácio da Alvorada, onde também deve participar do hasteamento da bandeira nacional. Às 8h30, segue para desfile cívico na Esplanada. Não há previsão de discurso durante o evento em Brasília. Ao fim do desfile oficial, por volta das 11h30, ele deve participar de um ato político em frente ao Congresso Nacional.
Até então, a previsão era de que Bolsonaro participasse de ato político somente no Rio. O presidente desembarca em Copacabana por volta das 13h, onde comparecerá uma motociata. Às 15h, na orla da praia, ele deve fazer novo discurso, desta vez mais longo e com cunho mais eleitoral.
O mandatário tem sido orientado a não criar uma nova crise entre Poderes durante sua fala, como ocorreu no ano passado. No 7 de Setembro de 2021, o chefe do Executivo federal disse que não mais cumpriria decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A campanha de Bolsonaro tem dito ao presidente que é preciso fidelizar o eleitor que hoje resiste em reeleger o atual mandatário da República por suas declarações polêmicas. O grupo, liderado por Flávio Bolsonaro (PL-RJ), teme que o chefe do Executivo federal use seu discurso para retomar críticas a ministros do Supremo, voltar a colocar o sistema eleitoral brasileiro em dúvida e proferir frases autoritárias contra instituições democráticas. Apesar da orientação do núcleo de campanha, aliados admitem que Bolsonaro é quem decide o que irá fazer “no calor do momento”.
No último sábado (3/9), o chefe do Palácio do Planalto voltou a criticar a decisão de Moraes que autorizou uma operação contra empresários bolsonaristas acusados de defenderem um golpe de Estado caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença as eleições. Na ocasião, Bolsonaro se referiu ao ministro como “vagabundo”.
Fonte: www.metropoles.com