agosto 17, 2023

Mauro Cid vai confessar que Bolsonaro mandou vender joias e recebeu dinheiro vivo, diz advogado

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Depoimento do tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid na CPMI do 8 de janeiroEdilson 

Em uma reviravolta no caso das joias, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) Mauro Cid decidiu confessar que o ex-presidente mandou que ele vendesse as joias dadas de presente pela Arábia Saudita ao governo brasileiro.

A informação foi inicialmente publicada pela Revista Veja e confirmada pela CNN com o advogado Cezar Bitencourt. “Eu só digo uma coisa: Mauro Cid é inocente”, afirmou. “É evidente que Bolsonaro é quem deu a ordem. Cid, como um militar disciplinado, seguiu ordens”, adicionou o advogado.

De acordo com a defesa, o ex-presidente teria dito “resolve lá” para Mauro Cid negociar a venda de joias e relógios.

Bitencourt assumiu a defesa de Mauro Cid na terça-feira (15), a pedido da família do tenente-coronel. O criminalista é o terceiro advogado a representar o caso.

Após reunião de Cid com o novo advogado, ele foi aconselhado a abrir o jogo devido ao conjunto de provas reunidas até o momento pela investigação e à possibilidade de ser o maior responsabilizado.

De acordo com a nova versão que será apresentada por Mauro Cid, Bolsonaro teria pedido para o auxiliar resolver a venda das joias. O dinheiro da comercialização teria sido repassado a Bolsonaro em espécie, para não deixar rastro.

Criminalista há 40 anos, autor de livros sobre Direito Penal, Bitencourt disse ainda que vai se reunir com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O advogado defende que a confissão por livre e espontânea vontade tem a capacidade de atenuar a pena que poderá ser imposta a Cid.