outubro 06, 2023

‘Não é lei da selva, inquérito vai continuar’, diz Cappelli após polícia encontrar corpos de traficantes suspeitos de matar médicos no Rio

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Secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli - Foto: Isaac Amorim / MJSP

O secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, disse nesta sexta-feira (6) que, apesar de a Polícia Civil ter encontrado os corpos de alguns suspeitos de terem matado os três médicos no Rio de Janeiro, “(a situação) não é lei da selva, e o inquérito vai continuar”.

Ao todo, quatro corpos foram localizados pela Delegacia de Homicídios, com o apoio da inteligência da polícia: três estavam dentro de um carro na Rua Abrahão Jabour, nas proximidades do Riocentro; e outro, no segundo veículo, na Avenida Tenente-Coronel Muniz de Aragão, na Gardênia Azul.

A polícia confirmou que dois dos quatro corpos encontrados são de suspeitos de terem participado do ataque. São eles:Philip Motta Pereira, o Lesk: o corpo dele estava no veículo localizado na Gardênia.
Ryan Nunes de Almeida, o Ryan: ele integrava o grupo liderado por Lesk, chamado de “Equipe Sombra”.

A investigação já apurou que dois suspeitos de envolvimento — Bruno Pinto Matias, o Preto Fosco, e Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, o BMW — não estão entre os mortos.

Determinação de Dino
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, determinou que a Polícia Federal acompanhe as investigações sobre a execução dos médicos. Ele disse que, por enquanto, não vê indícios para federalizar o caso.

Dessa forma, a investigação do assassinato segue, por ora, com a Polícia Civil do Rio de Janeiro.

O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, disse ao blog não ter dúvidas que o crime foi execução e que é cedo para falar em crime político. Já que o médico Diego Ralf Bomfim é irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL).

A principal linha de investigação da polícia é a de que os médicos foram baleados por engano.