junho 24, 2024

Prefeitura do Rio desapropria terreno do Gasômetro para futuro estádio do Flamengo

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Terreno do Gasômetro foi desapropriado para construção do estádio do Flamengo no Rio de Janeiro - Foto: Prefeitura do RJ / Reprodução

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), assinou um decreto para desapropriar o terreno do Gasômetro para possibilitar a construção do estádio do Flamengo. O decreto foi publicado nesta segunda-feira (24) no Diário Oficial do Município.

Segundo Paes, trata-se de uma “desapropriação por leilão em hasta pública”.

O clube vinha negociando há alguns anos com o banco que administra o fundo de investimentos que é dono do terreno e chegou a apresentar um projeto da nova arena. Contudo, em virtude do impasse nas negociações, o município decidiu intervir para garantir que o estádio possa sair do papel.

“É o início de um projeto, início de um sonho. O Flamengo, o Vasco, Botafogo e Fluminense, principalmente os quatro grandes, têm uma importância enorme para a economia do Rio de Janeiro. A gente entende esse papel. Vai ser importante para a revitalização da área. O Flamengo não vai fazer só um estádio, vai ser um lugar de entretenimento, vai ter centro de convenções, já exigi isso do Flamengo”, completou o prefeito, ao anunciar a medida.

O terreno do Gasômetro tem 88,3 mil metros quadrados e fica ao lado da Rodoviária Novo Rio e do Terminal Intermodal Gentileza, que conecta os serviços do BRT, do VLT e dos ônibus municipais.

Na postagem sobre o anuncio, o prefeito, que é torcedor do Vasco da Gama, brincou com deputado federal Pedro Paulo sobre a promessa de desapropriação do terreno em benefício do Flamengo.

“Notícia triste! Culpa sua, Pedro Paulo! Pelo menos eu sigo fazendo aquilo que eu prometi em campanha: cuidar de todos, mas priorizar os mais necessitados. Vascoooo!”, postou Paes, acirrando a rivalidade entre os dois clubes do Rio.

Leilão do terreno
O terreno do Gasômetro pertence a um fundo de investimentos gerido pela Caixa Econômica Federal. A desapropriação de terreno privado por parte do Poder Executivo está prevista na Constituição. Há uma série de requisitos legais para tal, mas resumidamente a medida é possível desde que haja interesse público e pagamento de indenização prévia, justa e em dinheiro.

A desapropriação leilão em hasta pública significa que o terreno será leiloado de forma judicial, com valor mínimo estabelecido e uma série de obrigatoriedades de quem vai construir no local. O valor arrecadado no leilão será repassado para a Caixa Econômica como forma de compensação pela desapropriação.

O prefeito afirmou que entre as obrigações feitas ao vencedor do leilão estão a construção de um estádio, de um centro de convenções e outros equipamentos.