setembro 25, 2024
‘A riqueza não pode servir como escudo’, diz juíza do caso Gusttavo Lima
Nenhum comentário | Deixe seu comentário.A investigação é resultado da Operação Integration, que combate crimes de lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais.
A juíza afirma que a aplicação da lei deve ser equânime “independentemente de sua posição social ou econômica, respondam por suas ações”. A magistrada sugere que Gusttavo Lima tentou se eximir das consequências legais por meio de conexões financeiras — considerando uma afronta aos princípios fundamentais do Estado de Direito e à própria noção de justiça.
No documento, a magistrada ainda afirma que o “jogo do bicho, assim como outros jogos de azar, tem um efeito devastador sobre famílias”. A juíza entende que os jogos de azar afetam “de forma mais cruel” a classe trabalhadora que, segundo ela, se vê presa em ciclos de endividamento e desespero. “Essas práticas corroem o tecido social, fomentando a desigualdade e a destruição de famílias”, afirma.
Bloqueio de bens
A justiça determinou o bloqueio das contas bancárias e aplicações financeiras de Gusttavo Lima por 60 dias.
Somado o valor da empresa do cantor com seus bens como pessoa física, o bloqueio é da ordem de R$ 3,35 milhões. Desses, R$ 2 milhões estão apenas no CPF do sertanejo. Gusttavo Lima é acusado de ocultar R$ 9,7 milhões recebidos em dois depósitos de jogos ilegais da HSF Entretenimento Promoção de Eventos.
Nota da defesa
A defesa de Gusttavo Lima divulgou, na noite desta segunda-feira (23), uma nota sobre o pedido de prisão do cantor, emitida pela juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal de Recife.
A nota diz que a defesa ficou sabendo do pedido de prisão pela mídia, que medidas cabíveis já estão sendo tomadas e que “é uma decisão totalmente contrária aos fatos já esclarecidos pela defesa do cantor e que não serão medidos esforços para combater juridicamente uma decisão injusta e sem fundamentos legais.”
Fonte: www.cnnbrasil.com.br