outubro 22, 2024
Só mágica para impedir avanço dos oceanos, alerta meteorologista
Nenhum comentário | Deixe seu comentário.Meteorologista da Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn), Gilmar Bristot - Foto: Reprodução Instagram Emparn
O chefe da unidade de Meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn), Gilmar Bristot, disse em entrevista nesta segunda-feira 21 ao Jornal 91, da 91FM, que só mágica pode impedir o avanço dos oceanos.
O meteorologista menciona que o aquecimento global está derretendo as calotas polares, o que contribui para a elevação do nível dos oceanos, e destaca que esse processo é inevitável e tende a piorar com o tempo.
“Temos duas áreas, o polo norte e o sul, que são compostos por gelo. O aquecimento global distribui calor, que chega a essas áreas e descongela. Essa água vai retornar aos oceanos, vai recompor a altura dos oceanos. Com isso, temos anos após anos, incremento, mesmo que pequeno, na elevação dos oceanos em todo o planeta”, analisou.
Ele afirma que seria necessária “uma mágica” para parar o avanço das mudanças climáticas, enfatizando a gravidade e a dificuldade de conter esse fenômeno. “Como você tem esse aumento, quando você tem um comportamento de maré mais cheia, isso vai influenciar diretamente o comportamento de uma maré um pouco mais alta ou um pouco mais baixa, na vazante e no enchimento. É uma situação presente a questão da mudança climática, não só nas marés, é uma consequência que tem atormentado quem mora a faixa litorânea. É que vai continuar acontecendo de maneira mais grave, a não ser que haja uma mágica para parar o avanço das mudanças climáticas”.
O meteorologista reforçou alguns fatores que influenciam diretamente nas marés, como a condição do tempo e as fases da lua. “No último dia 17, tivemos lua cheia, então a lua cheia, juntamente com o sol, jogam uma força gravitacional em direção ao planeta, fazendo com que haja um deslocamento ainda maior da massa de água em direção ao litoral, fazendo a maré ter um comportamento maior que o normal”, exemplificou.
Além disso, segundo ele, o vento em alta intensidade também pode incrementar uma altura na maré, variando de meio a um metro de altura, ou seja, um valor significativo. Então, o que foi registrado na orla da capital potiguar recentemente foi, principalmente, a influência da lua e dos ventos, trazendo a elevação da maré.
Temperatura. Gilmar Bristot destaca que essa dinâmica de ventos mais fortes está prevista até o início de novembro e considera essa situação anormal, com temperaturas no Atlântico Norte chegando a 29ºC.
“Como as chuvas estão começando a acontecer no Centro-Oeste e no Sul do país, estamos esperando uma diminuição dos ventos no Nordeste. Então os ventos deverão dar uma relaxada, e as temperaturas deverão aumentar”, acrescentou.
Erosão do Morro do Careca e avanço do mar
Questionado sobre a erosão do Morro do Careca, em Ponta Negra, Gilmar Bristot ressaltou que é um ponto de preocupação para meteorologista e que o setor público deve se preparar para situações graves.
“O oceano Atlântico tem apresentado um comportamento fora do normal, com temperaturas muito acima do normal. Isso tem trazido consequências graves na questão de chuvas intensas, na influência das marés na faixa litorânea, ventos mais intensos. Isso não vai parar de uma hora para outra”, pontuou.
Por um lado, é bom, porque chove mais no interior do Estado. “Mas por outro lado, temos grandes capitais, na faixa litorânea, que podem ter consequências graves. O setor público tem que se preocupar com isso, Fortaleza já adiantou bastante fazendo a engorda, Natal está fazendo, tem que preparar para situações mais graves no futuro”.
Questionado acerca de ações para conter o avanço do mar na capital potiguar, Gilmar Bristot falou sobre a infraestrutura. “Tem que se estudar, usando a ciência, para que os engenheiros possam desenvolver sistemas que possam diminuir o impacto das marés mais cheias”, frisou.
“Porque eles têm o calendário dessas marés, essas marés seguem o calendário das fases das luas. E análise das condições do tempo, temos previsões semanais que conseguem ter uma previsão sobre esses acontecimentos. As obras devem ser definitivas e não como a gente vem observando aqui em Natal, que todo ano se faz uma obra e no ano seguinte essas obras vão embora”, finalizou Gilmar Bristot.
O meteorologista menciona que o aquecimento global está derretendo as calotas polares, o que contribui para a elevação do nível dos oceanos, e destaca que esse processo é inevitável e tende a piorar com o tempo.
“Temos duas áreas, o polo norte e o sul, que são compostos por gelo. O aquecimento global distribui calor, que chega a essas áreas e descongela. Essa água vai retornar aos oceanos, vai recompor a altura dos oceanos. Com isso, temos anos após anos, incremento, mesmo que pequeno, na elevação dos oceanos em todo o planeta”, analisou.
Ele afirma que seria necessária “uma mágica” para parar o avanço das mudanças climáticas, enfatizando a gravidade e a dificuldade de conter esse fenômeno. “Como você tem esse aumento, quando você tem um comportamento de maré mais cheia, isso vai influenciar diretamente o comportamento de uma maré um pouco mais alta ou um pouco mais baixa, na vazante e no enchimento. É uma situação presente a questão da mudança climática, não só nas marés, é uma consequência que tem atormentado quem mora a faixa litorânea. É que vai continuar acontecendo de maneira mais grave, a não ser que haja uma mágica para parar o avanço das mudanças climáticas”.
O meteorologista reforçou alguns fatores que influenciam diretamente nas marés, como a condição do tempo e as fases da lua. “No último dia 17, tivemos lua cheia, então a lua cheia, juntamente com o sol, jogam uma força gravitacional em direção ao planeta, fazendo com que haja um deslocamento ainda maior da massa de água em direção ao litoral, fazendo a maré ter um comportamento maior que o normal”, exemplificou.
Além disso, segundo ele, o vento em alta intensidade também pode incrementar uma altura na maré, variando de meio a um metro de altura, ou seja, um valor significativo. Então, o que foi registrado na orla da capital potiguar recentemente foi, principalmente, a influência da lua e dos ventos, trazendo a elevação da maré.
Temperatura. Gilmar Bristot destaca que essa dinâmica de ventos mais fortes está prevista até o início de novembro e considera essa situação anormal, com temperaturas no Atlântico Norte chegando a 29ºC.
“Como as chuvas estão começando a acontecer no Centro-Oeste e no Sul do país, estamos esperando uma diminuição dos ventos no Nordeste. Então os ventos deverão dar uma relaxada, e as temperaturas deverão aumentar”, acrescentou.
Erosão do Morro do Careca e avanço do mar
Questionado sobre a erosão do Morro do Careca, em Ponta Negra, Gilmar Bristot ressaltou que é um ponto de preocupação para meteorologista e que o setor público deve se preparar para situações graves.
“O oceano Atlântico tem apresentado um comportamento fora do normal, com temperaturas muito acima do normal. Isso tem trazido consequências graves na questão de chuvas intensas, na influência das marés na faixa litorânea, ventos mais intensos. Isso não vai parar de uma hora para outra”, pontuou.
Por um lado, é bom, porque chove mais no interior do Estado. “Mas por outro lado, temos grandes capitais, na faixa litorânea, que podem ter consequências graves. O setor público tem que se preocupar com isso, Fortaleza já adiantou bastante fazendo a engorda, Natal está fazendo, tem que preparar para situações mais graves no futuro”.
Questionado acerca de ações para conter o avanço do mar na capital potiguar, Gilmar Bristot falou sobre a infraestrutura. “Tem que se estudar, usando a ciência, para que os engenheiros possam desenvolver sistemas que possam diminuir o impacto das marés mais cheias”, frisou.
“Porque eles têm o calendário dessas marés, essas marés seguem o calendário das fases das luas. E análise das condições do tempo, temos previsões semanais que conseguem ter uma previsão sobre esses acontecimentos. As obras devem ser definitivas e não como a gente vem observando aqui em Natal, que todo ano se faz uma obra e no ano seguinte essas obras vão embora”, finalizou Gilmar Bristot.
Fonte: Agora RN