dezembro 05, 2024
Extrema pobreza no RN reduz quase à metade em 2023
Nenhum comentário | Deixe seu comentário.Em 2023, 43,5% da população estavam vivendo abaixo da linha da pobreza no estado | Foto: Alex Régis
Em 2023, o Rio Grande do Norte registrou índice de 6,3% da população vivendo em situação de extrema pobreza, uma redução de quase metade do que foi registrado em 2018 (11,6%). É a menor proporção desde 2014, cujo índice era de 8,5%. Os dados são da pesquisa “Síntese dos Indicadores Sociais”, divulgados nesta quarta-feira (4) pelo IBGE e indicam que houve redução também no índice de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza. Em 2014, 45,8% da população do Estado estavam nesta condição. O índice subiu para 47,3% em 2018 e agora está em 43,5%, o menor entre os nove estados da região Nordeste.
A pesquisa leva em conta, para fins de classificação, as definições do Banco Mundial, que considera extrema pobreza indivíduos que sobrevivem com o valor de US$ 2,15 por dia em termos de paridade de poder de compra (PPC) ou R$ 209 por mês, e de US$ 6,85 PPC por dia ou R$ 665 por mês para a linha abaixo da pobreza. Os dados indicam que, em 2023, o índice de potiguares em extrema pobreza é menor do que o do Nordeste (9,1%), mas acima do País (4,4%). A Região Metropolitana de Natal (RMN) concentra proporção de indivíduos nesta situação de 4,9%.
Quando se analisa a situação da população abaixo da linha da pobreza no Estado, verifica-se, do mesmo modo, que o RN possui índice menor do que o Nordeste (47,2%), porém, superior ao Brasil (27,4%). Na Região Metropolitana, a proporção é de 39,2%. Para Ernane Souza, chefe da Seção de Disseminação de Informações do IBGE no Rio Grande do Norte, as reduções registradas no Estado ao longo dos últimos anos têm a ver com os efeitos de programas governamentais de transferência de renda.
“O IBGE capta informações sobre renda das famílias, através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), então, a gente observa, especialmente desde 2012, como se dá o efeito desses programas. Como os indicadores apresentaram redução na proporção de pessoas em condição de extrema pobreza, as transferências governamentais podem ser um elemento importante que contribuiu para a melhoria nessas taxas”, afirma.
Na pesquisa, o IBGE apresenta também como seria o cenário sem os benefícios dos programas sociais. Neste comparativo, o índice de extrema pobreza no RN em 2023 iria a 18,6% e na Região Metropolitana de Natal, a 12,7%. Já em relação à população vivendo abaixo da linha da pobreza, os índices seriam os seguintes: 50,3% no RN e 43% na Região Metropolitana. “Chama atenção o índice de extrema pobreza da RMN, que vai de 4,9% para 12,7%, quase o triplo”, aponta Ernane Souza.
No cenário nacional, a pesquisa mostra que, de 2022 a 2023, cerca de 3,1 milhões de pessoas saíram da extrema pobreza no País. A população nesta condição recuou de 12,6 milhões para 9,5 milhões, menor contingente desde 2012. Também em um ano, 8,7 milhões de pessoas saíram da pobreza no País entre 2022 e 2023. Numericamente, essa população recuou de 67,7 milhões para 59 milhões, menor contingente desde 2012.
Fonte: Tribuna do Norte