dezembro 05, 2024
Policial militar que jogou homem de ponte em São Paulo é preso após prestar depoimento
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O pedido de prisão havia sido feito pela Corregedoria da PM à Justiça Militar, a princípio para averiguação e agora preventivamente, após decreto do juiz militar Fabrício Alonso Martinez Della Paschoal. Com a determinação, o agente policial ficará sob custódia enquanto acontecem as investigações do caso.
No decreto da prisão, Della Paschoal justifica o pedido de preventiva dizendo que “a prática de conduta perpetrada por policial em serviço, atentatória à integridade física de um civil rendido durante a abordagem policial. As imagens, analisadas em juízo de cognição perfunctória, não revelam nenhuma circunstância anormal ou extraordinária que pudesse justificar a conduta do representado.”
O juiz também alegou que o caso fere a imagem da instituição.
“No caso em análise, a conduta praticada foi calculada e executada sem observância aos ditames legais ou preocupação com os impactos na imagem da corporação perante outros policiais e a comunidade. Neste contexto, a segurança e a paz pública devem prevalecer, sobretudo considerando que o representado continua exercendo suas funções na corporação. Tais elementos, denotam, a um só tempo, a necessidade de garantir a ordem pública em razão da periculosidade do agente e das nefastas consequências sociais de sua conduta, o que fundamenta a necessidade de imposição da medida extrema.”
E finaliza dizendo que a prisão preventiva “é indispensável para preservar a disciplina nos quartéis, tendo em vista a gravidade dos crimes apurados e a repercussão negativa que a permanência do investigado em liberdade pode gerar na tropa.”
No dia seguinte ao caso, a cúpula da Secretaria da Segurança Pública já havia mandado afastar 13 agentes envolvidos na ocorrência, entre eles Pereira. O grupo é do 24.º Batalhão de Polícia Militar (BPM), de Diadema, região metropolitana.
Segundo a corporação, os PMs fizeram o registro no sistema operacional da polícia de uma perseguição por cerca de dois quilômetros a uma moto com dois homens considerados suspeitos, mas sem mencionar qualquer arremesso de viaduto. O caso só veio à tona após a divulgação das imagens da ocorrência.
O rapaz atirado da ponte na região de Cidade Ademar não pôde receber socorro logo após a queda, segundo testemunhas.
A gravação circulou nas redes sociais e aumentou a pressão sobre Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública (SSP). O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse, porém, que o manterá no cargo e destacou a melhora de indicadores criminais – roubos e furtos estão em queda no Estado.
Fonte: R7