Fetiche e fantasia sexual: você conhece as diferenças?

Confundir fetiche com fantasia é comum, afinal, os dois termos são conceitos relacionados à sexualidade humana. Embora parecidos, eles guardam algumas diferenças entre si. O fetiche acontece quando uma pessoa se sente atraída e excitada por algo bem específico. A fantasia, por sua vez, é algo mais voltado a um desejo ou imaginação que você pode ou não querer colocar em prática.

A sexóloga Bruna Coelho aponta que a fantasia sexual refere-se a pensamentos ou imaginações sobre atividades ou situações eróticas que podem ou não ser realizadas na “vida real”.

Elas servem como um meio de explorar desejos e estimular a excitação sexual, sem necessariamente serem essenciais para a satisfação sexual.

“Já o fetiche sexual é caracterizado pela obtenção de excitação e prazer por meio de um objeto específico, parte do corpo ou situação particular”, explica a especialista.

“Para que um comportamento seja considerado fetichista, a presença do objeto ou contexto fetichizado é frequentemente necessária para que a pessoa alcance satisfação sexual”, acrescenta.

Os fetiches que os brasileiros amam
De acordo com o Censo do Sexo, feito pela empresa Pantynova, entre os fetiches mais comuns dos brasileiros, o mais buscado é o sexo a três, ou o famoso ménage à trois. O BDSM e o sexo em público aparecem em segundo e terceiro lugar.

Outros fetiches comuns no Brasil, segundo a pesquisa, são golden shower, urinar perto ou sobre o outro; crossdressing, se vestir de acordo com outro gênero; e podolatria, como é chamada a tara porpés.
Fetiche x parafilia

Segundo Bruna, também é valido salientar o que é fetiche e o que é parafilia. A segunda envolve interesses sexuais intensos e persistentes em atividades ou alvos não usuais, que podem incluir objetos inanimados, sofrimento ou até humilhação própria ou do parceiro.

“A parafilia pode ser definida como qualquer conduta sexual desviante da norma. Em outras palavras, qualquer tipo de fetiche entra no conceito de parafilia, mesmo quando são fetiches comuns, que não trazem prejuízos a ninguém e são consentidos”, exemplifica a especialista.