fevereiro 03, 2025
Rogério Marinho volta a defender anistia para condenados pelos atos de 8 de janeiro para “pacificar” País
Nenhum comentário | Deixe seu comentário.Senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da Oposição no Senado - Foto: Roque de Sá / Senado
O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da Oposição no Senado, voltou a defender uma anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Em entrevista à CNN Brasil, Marinho argumentou que tais ações não caracterizam uma tentativa de golpe de Estado, e sim no máximo depredação. Marinho criticou o que chamou de “hipocrisia” e “intolerância” no processo de julgamento dos envolvidos.
Marinho comparou a situação dos condenados com casos de crimes graves que receberam penas menores ou foram anistiados. Ele citou o caso de Elisa Matsunaga, condenada a 16 anos por matar e esquartejar o marido. Enquanto isso, os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 têm recebido penas que chegam a 17 anos de prisão.
“Quem achar que está naturalizado esse processo deve ter algum problema de interpretação ou uma angústia seletiva”, afirmou no último sábado (1º), horas antes da eleição que consagrou Davi Alcolumbre (União-AP) como novo presidente do Senado.
Rogério Marinho volta a defender anistia para condenados pelos atos de 8 de janeiro para "pacificar" País
Líder da Oposição no Senado comparou a situação dos condenados com casos de crimes graves que receberam penas menores ou foram anistiados. E citou o caso de Elisa Matsunaga. pic.twitter.com/jI9cxC4vfn— 98 FM Natal (@98FMNatal) February 3, 2025
Citando a anistia como mecanismo para garantir uma “pacificação” no País, o senador mencionou figuras históricas como Dilma Rousseff, Miriam Leitão e Fernando Gabeira, que teriam sido anistiados por crimes graves e depois reincorporados à vida pública. “Crimes de morte foram perdoados. José Dirceu, José Guimarães, Brizola, Arrais, todos eles foram anistiados e se reincorporaram à vida pública. Nós estamos falando de pessoas que, no máximo, podem ter depredado um bem público”, disse Marinho.
Apesar da fala de Marinho, Miriam Leitão não foi condenada por assalto a banco nem anistiada por supostos crimes cometidos durante a ditadura. Já sobre Dilma Rousseff, não há indícios de que ela tenha participado de assalto a banco, apesar de ter integrado grupos que pregavam a luta armada contra a ditadura militar.
Marinho acusou a esquerda de praticar depredação de bens públicos e criticou a “indignação seletiva e hipócrita” em relação aos atos de 8 de janeiro. “Para pacificarmos o Brasil, é importante que haja uma anistia”, concluiu.