

março 16, 2025
Há 13 anos, roubo e enterro da galinha Rafinha comoviam mais de 2 mil pessoas no interior da Paraiba
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Cerimônia funerária em homenagem a galinha Rafinha - Divulgação / YouTube / TV Tambaú
Desde os mais convencionais, como cachorros e gatos, até criaturas raras, podem criar uma relação de apego e amor com seus donos humanos devido ao convívio dentro de um lar. Contudo, há 13 anos, uma intervenção na cidade de Patos, na Paraíba, emocionaria a população local.
Na casa da aposentada Genecira Maria, a galinha Rafinha era criada pela senhora juntamente de sua filha durante cinco anos, chegando a dormir em berço, ser lavada com banho e sabonete de coco e até mesmo ter rede contra mosquitos, dada a alergia a picadas, como contou a dona ao portal de notícias G1.
A alegria de Rafinha, no entanto, foi interrompida em 20 de agosto de 2012; ela sumiu da residência, supostamente roubada por algum munícipe, iniciando uma investigação.
Conhecida pelos cuidados, as autoridades locais se mobilizaram, chegando a um suspeito, que revelou o que teria acontecido com o animal.
Tristeza generalizada
Ao ouvir depoimento do suspeito, ele confessou ter roubado uma galinha no mesmo endereço onde Genecira morava, desconhecendo o apreço do animal e o trocando por duas pedras de crack com um traficante logo após o furto, sendo direcionado para alimentação e impossibilitando sua localização.
Apesar da prisão do homem, a recompensa que havia sido oferecida para o paradeiro de Rafinha foi retirada por sua dona após a notícia da polícia. Ela passou mal e precisou ser socorrida em hospital após a notícia de seu destino, na semana seguinte. A notícia, divulgada em veículos locais de imprensa, comoveu a população, chegando a inspirar uma música do humorista Tatu.
Com tamanha mobilização, os munícipes auxiliaram a dona e promoveram um enterro simbólico da galinha, conduzindo cerca de duas mil pessoas para o evento, incluindo o prefeito de Patos, que acompanhou o cortejo partindo da casa de Genecira até o cemitério público da cidade, sendo representada com um caixão branco e uma galinha branca de pelúcia.
A gente a criava com muita animação desde pequenininha, conversando com ela como se fosse uma pessoa. [...] Me sinto muito triste, muito muito muito mesmo! Não é brincadeira. Só sabe o que eu estou passando quem tem um bichinho de estimação", relatou a dona para veículos de imprensa locais em coletiva.