O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso preventivamente na manhã deste sábado (22) durante uma operação da Polícia Federal, que cumpriu mandado expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A ordem de prisão, de caráter cautelar, foi fundamentada na necessidade de garantir a ordem pública e evitar possíveis interferências nas investigações em andamento.
Bolsonaro foi levado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde ficará em uma sala especial, conhecida como “sala de Estado”, destinada a autoridades com prerrogativas específicas. O local possui estrutura reservada, sem contato com outros detentos.
Segundo informações da PF, a medida preventiva não está diretamente relacionada ao início do cumprimento da pena de 27 anos e 3 meses imposta pelo STF no julgamento da tentativa de golpe de Estado. Trata-se de uma ação independente, motivada por novos elementos apresentados pela corporação.
A defesa do ex-presidente afirmou que ainda não teve acesso integral aos autos que embasaram o pedido e considera a prisão “uma medida extrema e injustificável”. Os advogados devem protocolar ainda hoje um pedido de revogação da preventiva.
Bolsonaro encontrava-se em prisão domiciliar desde agosto, também por decisão de Moraes, no contexto de outra investigação federal. Esta é a primeira vez, desde o início das apurações, que o ex-presidente é levado novamente a uma unidade policial.
A prisão repercutiu imediatamente no cenário político nacional, gerando manifestações de apoiadores e críticas da oposição. A PF mantém reforço de segurança no entorno da superintendência para evitar tumultos.
O STF ainda não divulgou detalhes completos da decisão, mas a expectativa é de que novos desdobramentos sejam anunciados nas próximas horas.





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